domingo, 7 de dezembro de 2008

"Eu sou a mosca que pousou..."

Imagine você de plantão no Alabama, EUA. Tudo tranquilo - até porque você não dá mais tanta sutura como no tempo de liseira do Internato - quando chega um paciente de 48 anos que se queixa de déficit visual em olho esquerdo. Você, doutor, sai à procura de algum corpo estranho que seja a causa do desconforto. Nada encontra. Inconformado, se contorce para realizar uma fundoscopia desse olho. O que encontra?



Voilà!

Miíase ocular?
Sim, doutor. A larva encontrava-se na mácula, formando uma lesão arqueada, como se observa na figura A. Prepararam uma "cilada" com fotocoagulação a laser para eliminá-la, mas ela foi mais rápida e migrou antes do procedimento ser realizado. Depois de 4 dias de tratamento com tiabendazol, uma nova fundoscopia foi realizada e revelou-se uma larva de mosca segmentada navegando no humor vítreo. O paciente foi submetido à vitrectomia, e 8 semanas após à cirurgia, já tinha diminuição das lesões da retina, assim como melhora na acuidade visual.

Artigo disponível no NEJM

3 comentários:

Unknown disse...

Será que um dia sentiremos falta das noites mal dormidas na sala de sutura???...bacana o caso...estilo Gregory House( episódio "Lines in the sand"- 3° temporada)

Eu sou Aquela disse...

kkkkkkkkkkkk
Adorei esse caso e a dorei a sua idéia do blog.Esse está muito criativo, interessante e total válido.
bjs!!

Eu sou Aquela disse...

ops, natasha ai em cima:*!!